Existe uma conexão profunda entre nossa sexualidade e as nossas emoções. Isso se deve ao modelo teórico existente a respeito da interação sexual. Em essência, segundo esse modelo, nossa sexualidade não é apenas coisa física, mas também psicológica, mostrando uma complexa interdependência entre as partes. Embora possamos ignorar esse fato, estudos recentes mostram que a sexualidade está intimamente ligada à experiência emocional conectada com ela, podendo influenciar a maneira como nos sentimos durante, antes e depois da prática sexual.
Muitos artistas já refletiram sobre esse tema. O artista plástico, escritor e poeta brasileiro Renato Sztutman afirma, em seu livro “Eu quero, eu sinto e eu desejo”, que o grupo de emoções em que a sexualidade nos coloca diz muito sobre como nos comportamos durante a prática sexual. Portanto, se sentir mais seguro, envolvido com o parceiro e tranquilo são essenciais para que desfrutemos de uma experiência sexual satisfatória.
Vários estudos feitos a respeito do assunto são capazes de confirmar essa teoria. Pesquisas apontam que a maneira como nossos corpos reagem a estímulos sexuais depende muito da forma como nossos cérebros processam essas sensações. Quando nossas emoções influenciam o processo de excitação, o resultado final é amplificado, intensificando a experiência de um modo que se sentirmos relaxados e satisfeitos, conseguiremos maximizar os resultados.
Além disso, atitudes condizentes com a imagem corporal também influenciam muito a experiência sexual — tanto na parte física como na parte emocional. Mudanças na autoimagem estimulam as mudanças nos padrões de comportamento sexual. Os especialistas afirmam que autoconceito é um dos principais fatores para optar por não colocar em prática comportamentos sexuais, pois esses comportamentos estão intimamente relacionados com o autoconceito.
Os estudos mostram que a sexualidade também está relacionada à confiança em nosso parceiro. Se você não sente que tem uma boa conexão com se prenda, as chances são maiores de que não se sinta confortável. Por outro lado, quando sentimos que existe uma conexão afetiva, somos mais propensos a se sentir seguros para explorar nosso lado sexual.
Outra área em que estudos têm mostrado grande influência é o desejo sexual. Muitos de nós pulamos à conclusão de que o desejo é uma coisa isolada, mas é preciso ter em mente que é também afetado por nossas sentimentos e experiências. Uma maneira de potencializar esse desejo é conhecer a fundo as reações do seu corpo, já que sexo é um processo com forte apelo sensorial e requer que nosso corpo e mente trabalhem em conjunto.
Seguindo alguns passos simples e praticando algumas mudanças significativas no nosso dia a dia, podemos nos preparar para aproveitar a primeira classe da experiência sexual. Assim, não só nossa conexão física e emocional com nosso parceiro melhora, como também aumenta a intensidade e a satisfação na relação sexual. Por isso, sugerimos que você consulte seu parceiro e leia materiais como o livro “Sexualidade emocional” de David Schnarch, para que consiga ter seu melhor desempenho e ainda desenvolver uma melhor qualidade de vida.
